Canas

25-02-2010 23:11

    Boa noite a todos.

    Hoje o grupo Fotografia Ecológica dá a conhecer a todos a primeira fotografia pinhole tirada a uma das plantas invasoras de Portugal. A escolhida de hoje é a, vulgarmente conhecida por, cana. Neste poste incluimos toda a informação recolhida sobre esta espécie bem como a fotografia pinhole e fotografia digital desta.

Divisão: Magnoliophyta

Família: Poaceae

Nome científico: Arundo donax L. L.

Nome vulgar: Cana-comum, cana-do-reino, canavieira

 

Como reconhecer:
Erva vivaz de grande porte, com longos
caules cilíndricos e ocos.
Colmos (caules) com 2-6 m x 1-3.5 cm, robustos, simples ou pouco
ramificados, com os nós envolvidos pelas bainhas arredondadas das
folhas. Folhas com 1-8 cm de largura, lanceolado-lineares, glaucas,
auriculadas na base e longamente atenuadas em ponta fina. Flores
reunidas em panículas com 30-90 cm, oblongas, densas e ±
contraídas, geralmente curtamente pedunculadas

Espécies semelhantes:
Phragmites australis (Cav.) Steudel. tem alguma semelhança mas tem
dimensões muito menores.

Origem:
Parte oriental da Europa, Ásia temperada e tropical

Motivos para a introdução:

Provavelmente introduzida pelo interesse dos colmos nomeadamente na agricultura. Utilizada frequentemente em sebes e
para segurança de taludes. Cultivada por todo o Portugal Continental,
excepto nas grandes altitudes

Estatuto legal em Portugal:
Espécie listada como exótica mas não considerada invasora
No entanto, observada com comportamento invasor em frequentes
localizações em Portugal.

Distribuição em Portugal Continental:
Todas as províncias

Características que facilitam a invasão:
Reproduz-se vegetativamente apresentando taxas de crescimento
elevadas. Os fragmentos dos rizomas são facilmente transportados nos
cursos de água, originando novos pontos de invasão a grandes
distâncias. Os ramos mortos são altamente inflamáveis e a própria
planta acaba por rebentar muito facilmente após o fogo. É frequente
formarem-se clones que podem ocupar áreas extensas, retirando a
vegetação nativa, excluindo a fauna associada e interferindo com o
fluxo de água.


Ambientes preferenciais de invasão:
Muito comum nas proximidades das linhas de água. Invade zonas
ripícolas, ao longo de diques, zonas húmidas, paúis e zonas
pantanosas costeiras. É também muito frequente na margem de
estradas e áreas agrícolas. Uma vez estabelecidas podem formar
clones gigantes, por vezes cobrindo centenas de hectares


Metodologias de Controlo
- Controlo físico: corte repetido pode ser relativamente eficaz mas se forem deixados pequenos fragmentos de rizomas no
solo estes podem levar a restabelecimento da invasão. Para melhores resultados recomenda-se a remoção física dos
rizomas, apesar de ser um trabalho moroso e dispendioso, e por isso mais adequado para populações pequenas.
- Controlo químico: Quando se opta pela utilização de herbicidas, estes devem ser apropriados para zonas húmidas ou
aquáticas. Herbicidas sistémicos, como o glifosato, podem ser aplicados depois da floração, tanto por aplicação na zona de
corte, como por pulverização foliar. Fogo controlado, quer sozinho ou combinado com aplicação de herbicidas, pode ser
eficiente se feito após a floração. Tendo em conta os possíveis efeitos adversos, nas outras espécies e no meio ambiente, a
aplicação de químicos deve ser sempre muito bem ponderada, sendo desaconselhada em áreas naturais.

A ter em atenção
Os herbicidas devem ser aplicados após a floração. Uma vez que
esta espécie tende a espalhar-se para jusante, a melhor opção é
começar o controlo a montante.
É essencial assegurar o controlo de seguimento após o controlo inicial,
para remoção de novos rebentos. Descuidar o controlo de seguimento
pode resultar na rápida re-invasão da área. A persistência é
fundamental até que não sejam observados mais rebentos.
É fundamental que se respeite rigorosamente a informação dos rótulos
dos produtos e os cuidados gerais da aplicação de químicos,
nomeadamente, a não aplicação em dias de precipitação nem dias
de muito vento e a utilização de material de protecção.


 

 

    (Toda a informação sobre as canas foi recolhida em: https://www1.ci.uc.pt/invasoras/index.php?menu=114&language=pt&tabela=especies!)

    Este poste tem um especial agradecimento ao Carlos Oliveira (MyPoinTi, WebDesign - www.mypointi.com)

    

    Cumprimentos a todos!

Ana Soares, Joana Ferreira, Paula Oliveira, Tânia Pinheiro

 

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